Nas "páginas amarelas" da Revista VEJA de hoje há uma entrevista com um dos mais respeitados gramáticos da língua portuguesa: Evanildo Bechara. Membro da Academia Brasileira de Letras, ele é um propagador do bom uso do português.
Coube a Bechara, nesta entrevista, colocar um ponto final à tola discussão sobre a necessidade do ensino e da exigência da norma culta da língua portuguesa. E ele conseguiu, é claro.
Eis um pequeno trecho da entrevista:
"Ninguém de bom-senso discorda de que a expressão popular tem validade como forma de comunicação. Só que é preciso que se reconheça que a língua culta reúne infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da filosofia, da literatura, das artes e das ciências. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez, não apresenta vocabulário nem tampouco estatura gramatical que permitam desenvolver ideias de maior complexidade -- tão caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, é óbvio que não cabe às escolas ensiná-la."
Palavras perfeitas!
Quanto à discussão, PONTO FINAL.